Os cientistas desenham o campainha alarme: em 2024, a Terra excedeu as temperaturas observadas entre 1850-1900 em 1,5°C e poderá atingir +3°C em 2100. Um relatório de Fórum Econômico Mundialproduzido com a editora científica Fronteirasidentifica dez tecnologias capazes, se implementadas em larga escala, de desacelerar este cenário de desastre.

Um dos grandes desafios reside na produção deenergia sem recorrer a recursos fósseis. A energia geotérmica convencional, embora limpa, continua limitada pela necessidade de água quente natural e de infra-estruturas pesadas. Novas soluções modulares, baseadas em redes subterrâneas de tubos selados que circulam um fluido para extrair o aquecer rochas, abrem caminho para uma implantação mais ampla.

Ao mesmo tempo, o rede elétrica está sujeito a tensões crescentes com picos de procura cada vez mais fortes. Neste contexto, o carregamento bidirecional, que permite o fluxo de eletricidade de e para as baterias, ajudaria a estabilizar a rede.

Reduzir as emissões de gases com efeito de estufa

Consumir menos também é uma questão crucial. O processo Haber-Bosch, que produzamôniaé responsável por 2% do consumo global de energia. Estão actualmente a ser estudadas várias vias de melhoria: substituir o hidrogénio cinzento utilizado porhidrogênio verdeusar energias renováveis ou mesmo encontrar novos métodos de produção com menor consumo de energia.


A amônia é hoje usada principalmente na fabricação de fertilizantes. Amanhã, o amoníaco verde, produzido a partir de energias de baixo carbono, poderá encontrar outros usos: tornar-se combustível ou permitir a produção de eletricidade. © Alexander, Adobe Stock

O relatório destaca ainda tecnologias de detecção, captura e valorização do metano, cujo efeito radiativo é 80 vezes maior que o do CO2 mais de 20 anos. Reduza estes transmissões representaria uma alavanca rápida e eficaz para desacelerar o aquecimento. Outra questão importante: a concreto. O cimentoseu principal componente, é responsável por 8% das emissões globais de CO2. Novos concretos verdes até prometem sequestrar CO2.

Água e comida: dois desafios para o futuro

O documento também aborda questões como o acesso à água e aos alimentos, apresentando novas tecnologias menos intensivas em energia para a dessalinização da água do mar, por exemplo. O Fórum Econômico Mundial destaca o fermentação precisão para produzir proteínas idênticos aos de origem animal, utilizando microorganismos. No setor agrícola, oIA associado a novos sensores preservaria a saúde do solo. Outra solução inovadora: sistemas de triagem automatizados para detectar e separar desperdício alimento para transformá-lo em composto em particular, e evitar que sejam depositados em aterros.

Finalmente, os avanços nos satélites e nas tecnologias de satéliteObservação da Terra permitiria uma intervenção mais rápida face a desastres naturais. Implementadas em conjunto, estas inovações ofereceriam uma oportunidade real de abrandar a aquecimento global e preservar os limites planetários.

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