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BRASIL É O PAÍS COM O MAIOR NÚMERO DE INDÍGENAS INFECTADOS E MORTOS POR COVID-19

A pandemia confirma, assim, a difusão do vírus nas comunidades indígenas e, principalmente, entre as pessoas com faixa etária dos 60 aos 70 anos de idade.

Um boletim semanal da Repam e do Coica reúne dados de 9 países da região sobre o impacto da pandemia nos povos indígenas. Nesta sexta-feira (15), o Brasil registrava 249 casos testados positivos e 70 as pessoas vítimas da doença. Entre elas, o líder indígena da comunidade “Kokama”, um dos fundadores do Parque das Tribos que concentra centenas de famílias indígenas em Manaus.

As imagens da despedida do líder indígena Messias Martins Moreira Kokama, de 53 anos, vítima da Covid-19, tem girado o mundo nesta sexta-feira (15). O velório aconteceu numa escola municipal do Parque das Tribos, localizada no Tarumã, na grande Manaus, um bairro que abriga 700 famílias de 35 etnias diferentes.

A comunidade dos “Kokama” que esteve no local usava máscaras com os dizeres “vidas indígenas importam”. Além disso, segundo a imprensa nacional, Messias, um dos fundadores do bairro, atuava como pastor de Igreja evangélica e a despedida contou com orações, dança e música.

A pandemia confirma, assim, a difusão do vírus nas comunidades indígenas e, principalmente, entre as pessoas com faixa etária dos 60 aos 70 anos de idade. Os dados sobre o número de mortes e contaminação por Covid-19 nos povos indígenas da Pan-Amazônia podem ser confrontados em boletins semanais que serão divulgados pelo recente projeto criado em colaboração de entidades parceiras em defesa pela vida: a Rede Eclesial Pan-amazônica (Repam), e do Coordenador das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica Amazônica (Coica) – uma organização de convergência internacional.

A novidade foi anunciada nesta sexta-feira (15), direto do Equador, através de um comunicado que esclarece que o documento ainda está em construção, mas é uma resposta urgente frente à complicada realidade vivida na região. O boletim semanal será um instrumento para “ajudar os próprios povos, a Igreja, as organizações aliadas e todas as pessoas comprometidas com a causa”.

O documento aponta que a Amazônia está sofrendo com uma “combinação trágica”: a pandemia, a pressão permanente do modelo extrativista e a exclusão histórica a serviços básicos e de infraestrutura em saúde. Essa “força enorme” tem deixado os povos indígenas amazônicos numa situação ainda mais frágil e vulnerável. O documento, assim, faz um chamado aos países para uma “ação urgente e efetiva” e, a todos, “para uma tomada de posição, para impulsionar compromissos sérios e profundos e para responder de maneira concreta” as consequências dessa “crise em crescimento”.

Fonte: Vaticano News.

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