Tudo começou na madrugada do dia 4 de outubro, na cidade alemã de Speyer, na Renânia-Palatinado. Funcionários da filial local do Serviço Arqueológico notaram uma vitrine de vidro colocada na calçada, bem em frente aos seus escritórios. Ao se aproximarem, eles distinguiram o que pareciam ser fragmentos de ossos humanos, incluindo parte de um crânio, bem como pedaços de tecidos antigos.

Alertada imediatamente, a polícia de Ludwigshafen protegeu a área e transportou a vitrine, com aproximadamente cinquenta centímetros de largura, para exame. O que poderia parecer uma piada de mau gosto rapidamente se transformou em um verdadeiro mistério arqueológico.

As análises forenses iniciais revelaram que os materiais eram autênticos e muito antigos, provavelmente do início da Idade Média. Segundo o Escritório Arqueológico Nacional, os ossos têm mais de 1.000 anos.


Em Speyer, uma vitrine contendo ossos humanos e tecidos suspeitos de serem medievais foi abandonada na calçada. © Direção de Polícia da Renânia-Palatinado (distrito de Rheinpfalz)

Entre a restituição anônima e o roubo antigo, todas as hipóteses permanecem em aberto

A polícia abriu uma investigação oficial e não descarta roubo de museu ou coleção particular. A janela, construção profissional em vidro e metal, parece ter sido concebido para a exposição ou conservação de objetos preciosos, e não para exposição temporária.

Os investigadores estão agora a tentar rastrear a origem destes restos mortais e encontrar a(s) pessoa(s) responsável(eis) por os depositar. A operação exigiria várias pessoas ou um veículo, dado o peso e o tamanho da vitrine.

Na cidade, a especulação é abundante: restituição anônima de um bem arqueológico roubado, peça abandono elaborado ou discreto de uma coleção ilegal? A idade e a natureza dos restos mortais, no entanto, parecem excluir a possibilidade de uma piada.

Um enigma entre a arqueologia e a investigação criminal

Os fragmentos têxteis descobertos ao lado dos ossos podem fornecer pistas valiosas sobre a origem e a datação do depósito. A sua preservação excepcional sugere condições funerárias particulares, como as de enterros paleocristiano ou medieval.

As amostras estão atualmente sendo analisadas por antropólogos forenses e arqueólogos em laboratórios especializados. Testes de carbono-14 e análises de materiais devem fornecer mais informações nas próximas semanas.

Entretanto, a cidade de Speyer encontra-se no centro de um thriller arqueológico contemporâneo, onde se combinam investigação policial, enigma histórico e vestígios do passado medieval.

Uma questão permanece: quem estabeleceu mil anos de história antes do porta arqueólogos, e com que propósito?

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