Um veículo subaquático autônomo Anduril Ghost Shark está em exibição na base da Marinha Real Australiana HMAS Kuttabul, Sydney, Austrália, 10 de setembro de 2025.

Deveríamos impor cláusulas mais rigorosas de soberania aos gigantes europeus da indústria de armamento? Esta é a questão que se coloca desde que a Rheinmetall, campeã europeia de tanques e munições, firmou uma parceria estratégica com a americana Anduril Industries, em junho de 2025, para fabricar drones autónomos. As duas empresas anunciaram que desenvolveriam em conjunto variantes europeias dos drones aéreos Barracuda e Fury da Anduril e explorariam possibilidades de construção de motores de propelente sólido, usados ​​para alimentar mísseis e foguetes.

O acordo provocou diversas reações críticas. A Anduril, fundada em 2017, recebeu financiamento de Peter Thiel, um bilionário libertário polêmico por suas críticas à democracia, que investiu pesadamente em tecnologias de defesa e segurança como a Palantir Technologies, empresa especializada em análise de big data, da qual foi cofundador. A parceria Rheinmetall-Anduril, mesmo envolta em garantias de “soberania” levada a cabo pelas duas partes envolvidas, poderá colocar problemas éticos? Já para não falar dos riscos para a segurança europeia em caso de desacordo com os Estados Unidos. Há também o problema das dependências tecnológicas: poderá a Europa continuar a confiar nas competências americanas em tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, quando existem alternativas europeias?

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