Construir centros de dados no espaço. O projeto pode parecer maluco, mas é isso que a startup Starcloud, apoiada pela Nvidia, pretende fazer. Já existem projetos, como o da China, para colocar centrais solares em órbita. Sem constrangimentos terrestres, as estruturas podem ser gigantes e sempre orientadas para o Sol. UM energia quase ilimitado, que não para à noite e que não depende do boletim meteorológico.
Os data centers espaciais poderiam ser alimentados diretamente por um usina de energia solarreduzindo significativamente os custos operacionais. Starcloud começará em pequena escala, com um único satélite, Starcloud-1. Este será equipado com um chip gráfico Nvidia H100, o que o tornará cem vezes mais poderoso do que qualquer outro computador enviado ao espaço. Ele pesa 60 kg e seu lançamento está previsto para novembro.

Ao montar um grande número de módulos, o data center da Starcloud poderá atingir 5 GW. © Starcloud
Rumo a um data center gigante de cinco gigawatts?
Se tudo correr bem, a Starcloud planeja lançar um segundo satélite no próximo ano que será equipado para serviços comerciais. Um pequeno começo que nos permitirá compreender melhor os diferentes desafios ligados à operação no espaço. Cada satélite é um módulo e, combinados, eles poderão um dia atingir a potência de cinco gigawatts, exigindo uma usina solar de quatro quilômetros de lado. Isso dividiria a pegada carbono bem como o custo de operação dez vezes maior, incluindo órbita, em comparação com um data center na Terra.
A Starcloud enfrentará, no entanto, muitos desafios, incluindo a dissipação de aquecer no vácuo do espaço, o que só pode ser feito por radiação térmicagerenciamento de falhas de componentes e risco de colisão com pequenos detritos. Porém, a startup dá muitas respostas em um artigo publicado em seu site.