Rumo ao sul! O explorador Matthieu Tordeur e o glaciologista Heidi Sevestre partirão dentro de alguns dias para mapear o subsolo da Antártida. O objetivo principal da expedição Sob a Antártica é determinar se a parte ocidental da Antártica entrou em colapso há 130 mil anos, representando um dos maiores enigmas científicos do continente gelado.

O desafio não é apenas compreender o passado, mas também prever o futuro. Há 130.000 anos, as temperaturas aumentaram e foram comparáveis ​​às previstas para 2100. Se um colapso ocorreu, o gelo libertado poderia ter elevado o nível do mar em três a quatro metros, um cenário que teria hoje um enorme impacto nas costas.

Inspecione o porão

Durante 80 dias, os dois aventureiros usarão a força do vento para percorrer os 4 mil quilômetros da expedição. Inovador e ecológico, o kite-ski representa o espírito de Sob a Antártica.

Em temperaturas que chegam a -50°C, Matthieu Tordeur e Heïdi Sevestre puxarão 200 quilos de equipamentos, dois dos quais radares de penetração no solo o que permitirá mapear a espessura do gelo, estudar as diferentes camadas de gelo e detectar lagos e rios subglaciais.

Todo o equipamento científico deve ser autónomo energia e as baterias – assim como as dos exploradores – terão que resistir ao frio extremo. A dupla também terá que lidar com os ventos particulares da Antártida, conhecidos como ventos catabáticos, e prestar atenção às fendas difíceis de detectar.


O kite-ski constitui um meio de transporte inovador e ecológico para os dois aventureiros. © Sob a Antártica

O projeto é apoiado por numerosos parceiros tecnológicos, como o grupo IT Link, que supervisiona nomeadamente o funcionamento dos radares, ou a Airbus Space Solutions, que fornece serviços de comunicação. A Fundação Etrillard e a associação Polar Witnesses apoiam o projeto a nível científico e educativo, porque longe de ser uma aventura puramente técnica e científica, Sob a Antártica tem como objetivo conscientizar o público em geral.

Investigadores da União Europeia de Geociências (EGU) mostram uma ligação vital e até agora subestimada entre o gelo marinho da Antártida, a cobertura de nuvens e o aquecimento global. © XD com ChatGPT

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Uma expedição educacional

Todas as quartas-feiras, a partir de 12 de novembro, 100 mil estudantes em todo o mundo receberão apostilas educacionais fornecidas em parceria com a associação Polar Witnesses. Esses cadernos incluirão notícias da expedição, detalhamento didático de um assunto, além de jogos e exercícios práticos. O objetivo é conscientizar os jovens sobre a preservação do meio ambiente e surpreendê-los com a aventura de Matthieu Tordeur e Heïdi Sevestre.

Além disso, a dupla poderá tirar dúvidas dos alunos por meio de vidas que será organizado com as turmas participantes do programa.

Por enquanto, de acordo com seus redes sociaisMatthieu Tordeur e Heïdi Sevestre treinam no meio da Groenlândia para o que os espera na Antártida. Nos vemos no dia 29 de outubro para a grande partida!

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